Foto - Otávio de Sousa |
Bibliografia
Paulina Chiziane nasceu em 04 de junho de 1955, em Manjacaze, província de Gaza. Depois Paulina mudou-se para Maputo onde aprendeu a falar ronga, e foi lá onde iniciou seus estudos em uma escola católica, e acabou aprendendo também o idioma português. Começou os estudos de Linguística na Universidade Eduardo Mondlane sem ter concluído o curso.
Na adolescência, Chiziane actuou na Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Deixou, todavia, de se envolver na política para se dedicar à escrita e publicação das suas obras.
Após a independência, teve início uma guerra civil. Paulina Chiziane, então, tornou-se voluntária na Cruz Vermelha durante o conflito, e sua atuação política não cessou após o fim da guerra, em 1992. A autora passou a fazer parte do Núcleo das Associações Femininas da Zambézia (Nafeza), organização não governamental criada em 1997, na cidade de Quelimane.
Nessa época, já tinha publicado seu primeiro romance — Balada de amor ao vento —, em 1990, mas seu sucesso como escritora chegou em 2002, com a publicação do livro Niketche: uma história de poligamia. Por essa obra, ela ganhou o prêmio José Craveirinha, da Associação dos Escritores Moçambicanos.
É a primeira mulher que publicou um romance em Moçambique. Em 2016, anunciou que decidiu abandonar a escrita porque está cansada das lutas travadas ao longo da sua carreira.
Em 2021, tornou-se a primeira mulher africana a ser distinguida com o Prémio Camões, a mais prestigiosa honraria conferida a escritores lusófonos, patrocinada pelos governos de Brasil e Portugal.
Obras e Prémios
Obras:
- Balada de Amor ao Vento Ventos do Apocalipse
- O Sétimo Juramento
- Niketche: Uma História de Poligamia
- Por Quem Vibram os Tambores do Além
- As Andorinhas
- O Alegre Canto da Perdiz
- Na mão de Deus
- O Canto dos Escravizados
- Ngoma Yethu
Prémios
- Prémio José Craveirinha de 2003, pela obra Niketche: Uma História de Poligamia
- A Casa de Moçambique em Portugal homenageou-a em 2010, em Maputo
- Em 2013, o então Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, condecorou-a com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique
- Ganhou o Prémio Camões em 2021
É também é 2021 que é lançado o documentário Paulina Chiziane: do mar que nos separa à ponte que nos liga, sobre a sua vida e obra
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