A admiração é própria da natureza do filósofo; e a filosofia deriva apenas da estupefação.
Platão

A filosofia como disciplina acadêmica está inserida nas classes do nivel médio do ensino geral, que são a 11ª e 12ª classes. É nesta classe que o estudante tem o primeiro contacto com a filosofia. E como é com quase todas disciplinas, o primeiro contacto com a filosofia é fascinante e com um intenso cheiro de ansiedade. Cabe ao estudante conectar-se suficientemente para captar o filosofar desta ciência e assim decidir se está apto para seguir uma carreira nesta área.

O estudante de Filosofia deve ter a capacidade de tornar uma questão simples em uma complexa e vice-versa, e tambem deve ter a capacidade de tornar uma resposta questionável, por mais concreta que seja. Pois um filósofo não se apresenta como um sábio, e sim como um amante da sabedoria. A filosofia não é tanto um saber como uma actividade: a da busca, a do cultivo do saber. É uma mistura do enigmático e fundamentalismo.

O que o filósofo faz?

O nível de licenciatura, prepara os filósofos com uma visão humanista, crítica e reflexiva, devidamente habilitados para o exercício de actividades em diversas áreas do saber.  As funções do filósofo são as seguintes:

  • analisar e interpretar textos;
  • raciocinar, fazendo uso das técnicas e instrumentos apropriados;
  • recolher, analisar e interpretar informção relevante para a resolução de problemas;
  • conceber, avaliar e monitorar políticas e estratégias de desenvolvimento social;
  • assessorar a elaboração de políticas do Estado e a sua avaliação e controle;
  • exercer actividades de docência ao nível secundário e superior (licenciatura);
  • redigir pareceres e artigos, científicos e de opinião, devidamente estruturados;
  • desenvolver actividade crítica e de análise editorial.

Campo de Actuação

O graduado em Filosofia, no âmbito deste currículo, pode actuar como investigador, analista, consultor, gestor, assessor, estratega e docente em instituições públicas e privadas, em áreas como:

  • administração pública;
  • parlamento;
  • instituições académicas e de investigação científica;
  • órgãos de comunicação social e editores;
  • partidos políticos;
  • centros de pesquisa e de elaboração de políticas públicas e sociais;
  • órgãos/unidades de gestão estratégica;
  • sector empresarial.