Mia Couto |
António Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto é um romancista moçambicano contemporâneo. A sua obra é fértil pelo seu envolvimento com a oralidade moçambicana, acumulando a sua ludicidade linguística, realismo animista e memórias pós-coloniais. Suas obras falam da cultura, crítica política, intervenção social, buscando as vozes dos imponentes para ironizar contra narrativas dominantes e revelando lutas e poesias quotidianas. As obras de Mia Couto tem implicações significativas para a teoria social, principalmente por meio de suas reflexões sobre a oralidade cultural, pós-colonial e as relações animal-humano.
Infância e Educação
Mia Couto nasceu na provincia de Sofala, cidade da Beira em 5 de julho de 1955. Cresceu durante os anos do fascismo colonial português. Ainda jovem, mudou-se para provincia capital Maputo para estudar medicina na Universidade Eduardo Mondlane, não demorou muito e largou a faculdade para dedicar-se em outros oficios, a de jornalista e escritor.
Trabalhou como jornalista durante quase 10 anos, e foi nesta que Couto decidiu voltar a faculdade, mas desta vez para cursar biologia, caminho este que o tornou professor universitário de Ecologia na Universidade Eduardo Mondlane.
Mia Couto como Jornalista
Couto militou pela independência e tornou-se jornalista depois de 1974. Trabalhando como repórter e editor, viajou pelo país, recolhendo histórias e testemunhando as conssequências da guerra civil dos 16 anos. A partir de 1986, Mia Couto deixou o jornalismo profissional para estudar biologia e se dedicar à sua criação literária.
Mia Couto e Causas Sociais
De ambientalista à professor de Ecologia na Universidade Eduardo Mondlane, Mia Couto sempre pelas causas de educação ambiental. Trabakhou como ecologista na consultoria ambiental IMPACTO. Em 2016, mia e os irmãos abriram a Fundação Fernando Leite Couto, um centro cultural de apoio a jovens artistas moçambicanos.
Mia Couto como Escritor
Embora mais conhecido por seus romances, Mia Couto começou com poesia, contos e crônicas. Seu primeiro livro de poesia foi Raiz de orvalho.
Em 1992, publicou o seu primeiro romance: Terra Sonâmbula, eleito como um dos melhores livros africanos do século XX durante a feira do livro do Zimbabwe. Em 1998, ele se tornou o segundo escritor africano a ser eleito ara a Academia Brasileira de Letras, como sócio e correspondente.
Características literárias de obras de Mia Couto
Algumas Obras de Mia Couto
Raiz de orvalho (1983)
O fio das missangas (2003)
O pensageiro frequente (2010)
O último voo do flamingo (2000)
A confissão da leoa (2012)
Vagas e Lumes (2014)
O gato e o escuro (2001)
Prêmios
Prêmio anual de jornalismo Areosa (1989)
Vergílio Ferreira (1990)
Prêmio nacional de ficção da associação de escritores moçambicanos (1995)
Mário António (2001)
União Latina de Literaturas Românticas (2007)
Eduardo Lourenço (2011)
Camões (2013)
Prêmio Internacional de Literatura Neustadt (2014)
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