Imagem ilustrativa de escravatura

Moçambique ficou sob dominação colonial portuguesa por 22 anos. A ideia inicial era meramente comercial, explorar a rqueza natural que a princípio foi pela demanda de ouro destinado à aquisição das especiarias asiáticas.

Inicialmente, os Portugueses fixaram-se no litoral onde construíram as fortalezas de Sofala (1505), Ilha de Moçambique(1507). Só mais tarde através de processos de conquistas militares apoiadas pelas actividades missionárias e de comerciantes, penetraram para o interior onde estabelecerem algumas feitorias como a de Sena (1530), Quelimane (1544).

Depois de fixar duas fortalezas, o seu propósito já não era de escoamento do ouro, mas sim de dominar o acesso às zonas produtoras do ouro. Esta fase da penetração mercantil é designada de fase de ouro. Depois disso, entraram em duas últimas fases, que foi a de extração de marfim e de escravatura, onde os moçambicanos eram forçados a trabalhar de forma fria e impiedosa, e exportados para o exterior para servirem de mão de obra barata.

O escoamento destes produtos acabou sendo efectivado através do sistema de Prazos do vale do Zambeze que teriam constituído a primeira forma de colonização portuguesa em Moçambique. Os prazos eram uma espécie de feudos de mercadores portugueses que tinham ocupado uma porção de terra doada, comprada ou conquistada.

A abolição do sistema prazeiro pelos decretos régios de 1832 e 1854 criou condições para a emergência dos Estados militares do vale do Zambeze que se dedicaram fundamental ao tráfego de escravos, mesmo após a abolição oficial da escravatura em 1836 e mais tarde em 1842.

No contexto moçambicano as populações macúa-lómué foram as mais sacrificadas pela escravatura. Muitos deles foram exportadas para as ilhas Mascarenhas, Madagáscar, Zanzibar, Golfo Pérsico, Brasil e Cuba. Até cerca de 1850, Cuba constituía o principal mercado de escravos Zambezianos.

Com vários Países europeus dominando territórios africanos, houve a necessidade de organização, então foi realizada um evento, o chamado conferência de Berlim (1884/1885). Esse evento delimitoque resultou na extensa exploração econômica de colônias africanas pelos países europe, que resultou na extensa exploração econômica de colônias africanas pelos países europeus, esse evento oficializou o neocolonialismo.

Com as diretrizes da conferência de Berlim, Portugal foi forçado a realizar a ocupação efectiva do território moçambicano. Dada a incapacidade militar e financeira portuguesa, a alternativa encontrada foi o arrendamento da soberania e poderes de várias extensões territoriais a companhias majestáticas e arrendatárias, ou seja, alugar espaços de alto escalão entidades superiores que desejassem permanecer no território nacional.

Companhia de Moçambique e a Companhia do Niassa são os exemplos típicos das companhias majestáticas. Companhia da Zambézia, Boror, Luabo, sociedade do Madal, Empresa agrícola do Lugela e a Sena Sugar Estates perfazem o exemplo de companhias arrendatárias.

As zonas arrendadas, que foram as regiões centros e sul serviram para plantações e exportação de escravos para países vizinhos. Enquanto a região sul do país ficaram sob administração directa do Estado colonial.

A região sob administração colonial foi desenvolvida basicamente uma economia de serviços assente na exportação da mão de obra para as minas sul-africanas e no transporte ferro-portuário via Porto de Maputo.

Todavia, a cupação colonial não foi pacífica. Os moçambicanos impuseram sempre lutas de resistência com destaque para as resistências chefiadas por Mawewe, Muzila, Ngungunhane, Komala, Kuphula, Marave, Molid-Volay e Mataca. Na prática a chamada pacificação de Moçambique pelos portugueses só se deu no já no séc. XX.